quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ode às Vagabundas (Conselho de Avó)

Não me lembro como foi,
se na espuma ou na fumaça,
que esqueci, fazendo graça,
pra quem aconselhei:

Meu filho, Amai as Vagabundas.

A Virtude do conselho,
Que Herdei da minha Avó,
É para aquele que de Si,
não exige nenhum Dó
como tenho em barbas minhas
os vários Gostos das Putinhas,
companheiras da Mocidade
Sem Culpa e sem Piedade,
Digo:

Meu filho, Amai as vagabundas.

Curiosas e Sabidas,
Brincalhonas e Sorridentes,
sacaninhas entrementes,
E On Top altivas.

Não Ama as Vagabundas?
Como é que pode ser?

Experimente então você,
Mãos dadas no sofá,
Até tarde com a tevê:

-Tire a mão daí!
-Papai pode chegar!
-Eu mal te conheço!
-Pra comer tem que casar!


Pra que moça direita
sarrando sem fuder,
Que te ama e te respeita,
trepando sem gemer?

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